segunda-feira, 27 de março de 2017

O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO

O mito da caverna ou alegoria da caverna, é um diálogo muito famoso do filósofo grego Platão, que faz parte do livro VII de  A República. Nesse diálogo, o filósofo usa a metáfora da caverna para exemplificar o quanto as pessoas vivem na ignorância e como essa ignorância pode ser superada através do conhecimento.
  Segundo o filósofo, havia uma caverna onde pessoas viviam acorrentadas desde a infância pelas pernas e pescoço, com a cabeça virada para a parede da caverna. Atrás deles havia uma fogueira que projetava imagens na parede, que na verdade eram sombras das pessoas que passavam pelo lado de fora da caverna. Os prisioneiros, que nunca haviam visto nada a não ser aquela cena, acreditavam que aquelas sombras eram a única realidade existente em suas vidas. Um belo dia, um dos prisioneiros resolve fugir e conhecer a vida fora da caverna, de início a luz do sol quase o deixa cego, mas logo ele se acostuma e se assusta ao ver que as sombras que via de dentro da caverna eram seres humanos que passavam fazendo suas atividades cotidianas. O ex- prisioneiro resolve voltar à caverna e contar tudo o que viu para seus amigos, mostrar a eles que há uma outra realidade lá fora, entretanto, seus ex- companheiros não acreditam no que ele diz e o espancam até a morte.
  Maurício de Souza em 2002, conta o mito de uma forma bem divertida, usando o personagem do Piteco:
  Podemos fazer a seguinte interpretação do mito da caverna de Platão: a caverna é o nosso mundo, a sociedade em que vivemos; o fogo é o reflexo da luz verdadeira, do conhecimento verdadeiro; os prisioneiros somos nós; as sombras são aquilo que tomamos como verdadeiro; as correntes são nossos preconceitos e nossas opiniões; o instrumento que faz o prisioneiro quebrar as correntes é a dialética (processo de diálogo que visa a busca de um conhecimento verdadeiro); o prisioneiro curioso é o filósofo; a luz que quase o deixa cego é o conhecimento e o retorno à caverna é o diálogo filosófico.

Nos dias atuais, ainda há muitas cavernas que nos deixam presos, a televisão é uma delas. Se não tivermos o cuidado de averiguar com senso crítico toda informação que nos é passado na televisão e redes sociais, corremos o risco de ficarmos presos para sempre nessas cavernas contemporâneas.

Reflitam!