terça-feira, 2 de abril de 2019

FILOSOFIA E FELICIDADE


FINALIDADE ÚLTIMA DA FILOSOFIA

Em sua origem histórica, a relação da filosofia com a felicidade era fundamental, pois a vida boa seria a finalidade última da investigação filosófica. Para que vocês entendam bem o que nós professores de filosofia queremos dizer com “finalidade última” de uma ação, observe a seguinte sequência de perguntas:
·      *   Filosofar pra quê?
Para pensar melhor sobre tudo: os fatos, as pessoas, a vida.
·     *     Pensar melhor sobre tudo o quê?
Para encontrar soluções aos problemas da existência – a minha e a de outras pessoas.
·    *      Encontrar essas soluções serve para quê?
Para ter menos problemas, ficar mais tranquilo e viver melhor.
·     *  Viver melhor para quê?
Para me sentir bem, em paz comigo mesmo e com o mundo.
·      *   Sentir-se assim para quê?
Para ser feliz.
·        *  Ser feliz para quê?
Não sei. Talvez para deixar as pessoas que me cercam felizes também.
·         * Deixá-las felizes para quê?
Para que eu fique feliz com a felicidade delas.

Vemos que, no final, as respostas começam a ser circulares. Voltam sempre ao mesmo ponto, ou seja, à ideia desse sentimento de bem-estar, de satisfação consigo mesmo e com a vida, ligada também à sensação de plenitude, de já ter tudo e não precisar de mais nada. Essa é uma boa descrição da felicidade.
Portanto, finalidade última é aquela que está por detrás de todas as finalidades mais imediatas e conscientes de uma ação. Geralmente inconsciente, ela é o motivo fundamental de uma conduta.


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